O que existe é uma porção de casais se pegando nas estações de trem e metrô. Todos eles de pau duro, mas nenhum de coração macio. Nenhum deles ama como eu. Afinal, amar é perda de tempo. E como o tempo não volta atrás, sábios são os que o usam com coisa útil – trabalhar, estudar, trabalhar, cultuar a própria beleza, trabalhar, enfrentar o trânsito, trabalhar, praticar esportes, trabalhar. E os corações que se quebrem, as mensagens que fiquem eternamente nas caixas de rascunho, as flores que murchem, as lágrimas que escorram para lavar as almas. O amor que espere até o próximo verão.

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